domingo, 30 de setembro de 2007

Domingo Legal!

fotinhas de Cláudia Sardinha e Hilda Armstrong

Aterro do Flamengo. Esse é um dos lugares mais agradáveis do Rio de Janeiro. Tem espaço pra todo mundo se divertir. Crianças, adultos, cachorros...

Grama, areia de praia, mar, calçadão para as caminhadas, a pista liberada para bicicletas e carrinhos elétricos, que fazem a alegria da garotada.

Para qualquer lugar que se olha uma paisagem linda ... o mar, o Pão-de-açucar, Niterói...

Domingo é dia de repor as energias para começar a semana com o espírito renovado... e nesse lugar a "paz" ganha significado, cor, vida.

domingo, 23 de setembro de 2007

Mainha, eu tô na Globo!


Cidade cenográfica de "Paraíso Tropical"
Fotos: Fernanda Lacerda e Octávio Lacerda

Estes dias recebi um convite para conhecer o Projac, o centro de produção da TV Globo. Imagina se ia perder essa oportunidade de ver de perto “a fábrica de sonhos brasileira”.

O lugar é imenso, incrível...

Minha primeira parada foi na praça de alimentação. Um verdadeiro almoço entre os globais. O elenco de Malhação estava por lá meio que se despedindo daquela fase, já que a série está chegando ao final de mais uma etapa.

Tá! Todo mundo lindo, mas eu queria mesmo era saber como tudo aquilo funcionava. E realmente soube. Vi a novela das oito sendo editada, a das sete recebendo efeitos sonoros, a turma da Malhação ganhando uma corzinha na sala de color... (esqueci o nome dessa técnica que corrige a cor das imagens). Mas, depois dessa, nunca mais vou desejar ter a pele de atriz nenhuma. Aqueles computadores maravilhosos são bem mais caros e eficientes do que qualquer creme de beleza.

Por lá só se fala na expectativa da chegada da TV Digital. E a emissora já se prepara para essa fase que vai mudar a maneira de fazer e ver televisão. A nova novela das oito “Duas Caras” estréia a produção em HDTV, a televisão em alta definição. Esse sistema vai eliminar, inclusive, as velhas fitas, ou seja, tudo o que for produzido vai ser trocado via rede. Chiquérrimo!

Na cidade cenográfica da novela Paraíso Tropical coisas interessantes para ver. As estruturas dos prédios em madeira produzem com perfeição a Copacabana por onde circulam os personagens do horário nobre da TV. Interessante foi descobrir que o cenário de cada um está disposto num espaço relativamente pequeno. O restaurante Frigideira Carioca fica em frente ao famoso edifício Copamar. Quem diria?

Fiquei imaginando aquilo tudo funcionando. O jogo de câmeras, o fundo azul ao fim do cenário, - colocado estrategicamente para futuramente dar lugar as imagens de continuação da rua -, a disposição dos atores nas cenas... técnicas, detalhes, truques que juntos fazem desse mundo o lugar dos sonhos dos telespectadores.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Os sem-vida

Monumento em homenagem aos sem-terras mortos no Pará
Foto: Fernanda Lacerda

Eldorado dos Carajás (Pa) – curva do S, local onde aconteceu o massacre dos sem-terra em 1996. Aqui foram mortos 19 militantes e para simbolizar a tragédia o movimento “plantou” 19 castanheiras queimadas às margens da rodovia PA-150.

A castanheira é uma árvore típica da região e é muito comum achar seus troncos queimados e mutilados nas terras que sofrem com as queimadas anuais. Não consigo mensurar o que é mais chocante, se é vê-las tombadas ou dispostas dessa maneira, representando vidas que se foram de uma forma tão brutal.

O MST tentou plantar ao lado desse monumento mudas de castanheiras para que florescessem e simbolizassem “a cicratização das feridas abertas pelo massacre”... mas, a terra do local não é mais propicia para isso. E as plantinhas não se desenvolveram.

Passando por aqui a minha sensação é que a natureza aproveitou para fazer seu protesto, também. Na terra onde ela enfrenta o fogo e foi obrigada a beber o sangue daquela gente nem as sementes do perdão conseguem brotar.

sábado, 15 de setembro de 2007

Boi gordo, planeta em perigo


As queimadas no Sudeste do Pará
Fotos: Fermanda Lacerda

Sudeste do Pará. (peguei a estrada, mesmo sem bagagem).
Nessa época do ano fica tudo cinza. Quem mora na região costuma dizer que “o céu está baixo”. É quando os produtores rurais começam a fazer queimadas nas suas terras para renovar a pastagem pro gado.

As queimadas na região amazônica são responsáveis por aproximadamente 70% das emissões dos gases (brasileiros) que causam o efeito estufa. É revoltante saber que esse tipo de cultura ainda é praticada.

Ao longo de toda a estrada essa cena era constante. Vestígios de fogo ... árvores em cinzas. Se não fosse pelo cheiro de fumaça dava até pra pensar que o dia estava nublado.

Senti falta da paisagem verde e do cheiro da mata. Quis saber pra onde foram os animais silvestres. E a resposta veio logo à frente, um garoto estava na beira da estrada expondo um tatu, na tentativa de vendê-lo para algum “sem consciência” que costuma comer esse tipo de iguaria. Além disso, muitos animais devem ter morrido tentando fugir do fogo, outros foram atropelados enquanto atravessam as estradas em desespero.

Nessa época em que a preservação do meio ambiente vira foco de discussão mundial ainda tem gente que parece que não ouviu falar do assunto... ou no mínimo acha que engordar seus boizinhos é mais importante do que a saúde do planeta.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Conexão Pará

Minha mala em momento de descontração pós-retorno pra casa
Foto: Fer nanda Lacerda

Quando o mês de setembro chegou, eu comemorei. Vi que o feriado do dia 7 ia cair exatamente numa sexta-feira. Ótima oportunidade para viajar, me divertir, rever pessoas queridas... Marquei no mapa o meu destino: Pará. E lá fui eu e minha mala verde limão.

Sim, eu e minha mala verde. Nada discreta! Adoro ela! Acho que todo mundo tem um objeto pelo qual tem um chamego especial. Eu sou assim com minha mala, afinal é ela quem me acompanha por essas estradas da vida. É nela que carrego meu presente, meu passado, minhas histórias.

Como todo relacionamento afetivo é marcado por bons e maus momentos, eu e mala tivemos nossa primeira separação nessa tal viagem. Mas, não foi por nossa vontade. Planejamos desembarcar na madrugada de quinta-feira (6) no aeroporto de Marabá, de onde partiríamos de carro para Parauapebas, distante dali 160 km.

Que decepção tive ao perceber que minha companheira não estava ali, que alguém tinha desviado seu destino. Tentei manter o controle e seguir viagem sem ela... Nunca imaginei que essa separação poderia ser tão sofrida. Todos os meus planos de diversão foram frustrados. Sem mala, sem roupas, sem calçados... tive que aprender a sobreviver naquele calor com o que tinha: a roupa do corpo e bom humor.

A verdinha só apareceu cinco dias depois. Chegou em casa – no Rio de Janeiro - tarde da noite, acompanhada por um desconhecido. Estava intacta fisicamente, mas tenho certeza que se ela pudesse falar ia dizer que sentiu medo de não me ver mais e de perder a minha companhia nas próximas viagens.

Minha companheira está de volta. Mas, apesar do alívio do seu retorno, fica a revolta e indignação contra quem estragou nossos planos. Os desconhecidos que cruzaram o caminho da minha bagagem carregada de desejos e desviaram seu caminho são da família Gol linhas áreas. Mandaram muito mal.

Mas, há males que vem para o bem, mesmo quando nossas malas vão para Belém. Recebi carinho e solidariedade das pessoas. E percebi que o que importa mesmo nessa vida é plantar bons frutos nos caminhos por onde passamos. São eles que vão nos vestir, nos calçar e nos alimentar quando tudo o mais faltar.

domingo, 2 de setembro de 2007

Alternativos


Grafiteiro em ação no bairro de Laranjeiras
Fotos: Cláudia Sardinha e Fer nanda Lacerda

Que cena interessante. Interrompi minha “andança” para admirá-la.
A arte marginalizada dos grafiteiros que dão vida aos muros sujos da cidade. Nada mais urbano do que isso.

Os painéis estão por todos os lados. Alguns caras até já ficaram famosos criando personagens que viraram camisetas e outros souvenirs. Mas, outros, como esse aí da foto, não se importam com isso e até preferem o anonimato.
Maneiras diferentes de produzir a mesma arte. Cada um com seu estilo, com seus valores e ideais. E eu, continuo caminhando e conhecendo cada vez mais o Rio de Janeiro das contradições. E viva as diferenças!!!