quarta-feira, 23 de abril de 2008

Flores na janela


Numa grande cidade como o Rio de Janeiro quem não mora de frente pro mar, tem vista para a vida alheia. É interessante como cada quadradinho desses revela um pouco das pessoas que vivem por lá. Ontem mesmo teve futebol na TV. Botafogo x Fluminense. E apesar de não ter acompanhado a partida, sei que o Botafogo andou agradando a torcida. Uma cena meio cômica me chamou a atenção. Vizinhos-torcedores com as cabeças nas janelas gritando: “Fogoooo! Fogoooo!”.

- Que mulesta é isso? Ahh!!! Percebi logo que não era nenhuma tragédia e sim, a comemoração solitária de alguns torcedores. Interessante e ao mesmo tempo triste. Como diria um colega lá da Paraíba: comemoração solitária é o “Ó”. Afinal, felicidade é pra ser dividida.

Por outro lado, acho que o ato de gritar na janela é uma tentativa de partilhar a alegria do gol. Esquisito, porém válido... afinal, rolou um encontrão de torcedores ... cada um na sua janela, curtindo a seu modo e pronto.

E isso me fez pensar que posso estar sendo observada também.
– O que é? Perdeu alguma coisa aqui???
(risos) Não, eu não gritei na janela... pelo contrário. Coloquei ao alcance da vista dos observadores a essência da alegria dessa casa: flores. Desde que estou morando aqui aprendi que as flores são um presente de Deus para nós e que tê-las pela casa faz bem aos olhos e ao espírito. Por isso, caros telespec... ops... vizinhos as flores na janela são para ser observadas e admiradas.

Numa grande cidade como o Rio de Janeiro que não mora de frente pro mar, tem vista pra vida alheia. Do meu quadradinho ofereço flores para quem me observa e sou obrigada a ouvir o berro dos botafoguenses.

– Fala sério, que mane fogo que nada. Time é o Papão da Curuzú. Uhuuu!! Papããão ê ô! (risos) Não, não promovi uma briga de torcidas... mas, que deu vontade, deu!!!

Papããão ê ô!
Papããão ê ô!
Papããão ê ô!

sábado, 12 de abril de 2008

Dor


Difícil passar por essa vida sem sentir dor. Física ou emocional ela sempre machuca muito. Dizem que dor faz a gente amadurecer, crescer... Num sei disso, não! Aliás, não gosto disso... costumo dizer que prefiro aprender minhas lições na vida pelo amor. E pra isso tento sempre fazer minha parte. Mas nem sempre é possível levá-la como se quer.

Topada, beliscão, tapa, soco... mentira, traição, solidão... tudo isso acontece e dói, e infelizmente não tem como escolher não sentir. A vida obriga a gente a passar por essas dores e a lidar com elas. Nos últimos dias as minhas estão machucando, me dando sinal de que algo não está bem e que preciso me cuidar melhor.

“Que assim seja”, como diria meu grande amigo Vico. Sinto que tenho que pisar mais leve e rever os caminhos por onde tenho andando.