sexta-feira, 18 de junho de 2010

Tem gente que “vive de fachada”

Se tem uma coisa que eu costumo observar nas cidades pequenas por onde passo são as fachadas dos comércios. Tá lá o letreiro colorido: MERCEARIA BOM JESUS e logo abaixo: organização seu Severino. Um hábito que reforça a teoria (e prática) de que no interior as pessoas zelam e muito por suas imagens. E ligar o nome de um administrador bem conceituado ao negócio é uma estratégia de marketing positiva, em qualquer lugar, certo?!

Bom, se a fórmula letreiro + organização chama atenção (pelo menos a minha) o que dizer dos excessos que são cometidos por aí? Segundo meu amigo Charles Dias, lá em Queimadas (PB) tem uma fachada assim: FARMÁCIA NOSSA SENHORA APARECIDA, organização: Galego do Pão. (#rimuito) Tudo bem, o cara está expandindo seus negócios e deve ter NOME pra isso!

Agora, não deu pra conter o susto e a gargalhada ao ver a cena abaixo. (#rialto) Será que a pressa de abrir o “negócio” foi tão grande que não deu tempo trocar o letreiro???? Geeeente, letreiro é coisa séria. (#aindatorindo)

Segundo os humoristas de plantão, nesse comércio só tem pé-de-muleque e olho de sogra. (#quehorrornaoconsigopararderir)



Foto: Charles Dias

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Paisagem de interior

Há dois anos atrás, quando eu disse que estava mudando do Rio de Janeiro pra Paraíba, uma amiga do trabalho entrou no Google e de repente soltou um supreso “caraca!” Em seguida completou dizendo: na Paraíba tem prédio?! Heim??? Como assim??? (rs) Claro que tem... prédio, trânsito, semáforos, Coca-cola, Mac Donald’s, teatros, cinemas, gente... enfim... Cidades como Campina Grande (PB), Crato (CE), Juazeiro do Norte (CE), Petrolina (PE), Feira de Santana (Ba) já não possuem mais aqueles ares bucólicos de interior.

Achar que o Nordeste é (exclusivamente) um enorme cenário de filme ou novela regional é bem comum para alguns brasileiros que moram nas bandas de baixo do nosso mapa. Uma mentalidade bem distorcida da realidade, porém existem sim (ainda bem) aquelas cidades pequenas, de ruas largas, casarios históricos, gente andando no meio da rua, motociclistas sem capacete, praça em frente a igreja matriz, criança indo a pé pra escola, vovô na cadeira de balanço na calçada...

E apesar de preferir o caos urbano, tive o privilégio de conhecer algumas cidades que ainda preservam sua arquitetura, suas tradições e história.